Depois de tantos nãos, acabei cedendo. A preocupação com a segurança dos filhos é natural e inevitável, difícil é perceber quando nossos medos são excessivos a ponto de fazer mais mal do que bem a uma criança.
Quando a criança é pequena, temos medo sobretudo que ela se perca, que ela se machuque no parquinho, mas a verdade é que temos medo de que qualquer coisa lhe aconteça em qualquer fase da vida, mesmo que já seja um adulto.
Isso me faz lembrar uma das frases mais interessantes do filme “Procurando Nemo”, em que a peixinha Dori diz para o seu amigo Marlin: “Que coisa mais estranha de se prometer ao filho. Se promete que nada vai lhe acontecer, nada acontece mesmo”.
Isso mesmo! Nada de errado, de mal ou perigoso, mas também nada de bom. Nada de alegrias, descobertas, de histórias para contar, lembrar ou aprender.
Sim, às crianças é preciso dar-lhes limites e também autonomia, um voto de confiança para que sejam capazes de aprender a viver, se defender etc, e aos pais, a capacidade de perceber quando passam os limites de uma preocupação saudável para uma superproteção, que prejudica o crescimento e o amadurecimento de seus filhos.
Quem lê isso tudo, pensa que eu domino a arte de educar. Na verdade, assumo apenas que tenho consciência dos meus erros (quase sempre), que sei onde peco, exagero ou deixo a desejar. Confesso que aprendo mais do que ensino e que espero sinceramente ser melhor ou no mínimo razoável.
Mas falávamos de skate, voltando ao assunto. Acontece que eu permiti. Venci a barreira do medo e espero não me arrepender. Não somente permiti, como dei uma de mamãe valentona, subi no skate para descer uma rampinha insignificante e levei um “tombão”, que se não tivesse doendo tanto a minha costela eu diria um “tão bom”.
O José está feliz. O skate é um esporte maneiro e divertido, embora de muitos riscos de acidentes. Aprender a andar de skate é a sua nova conquista. Sem falar das novas amizades, também é sempre muito bom!
José, aprendendo a descer a rampa.
Descendo a rampa sozinho.
Novos Amigos!
Da esquerda para direita:
Vinícius (Vini grande), José (meu filho),
Gustavo e Vinícius (Vini pequeno)
Da esquerda para direita:
Vinícius (Vini grande), José (meu filho),
Gustavo e Vinícius (Vini pequeno)