Sobre Brinquedos



Uma coisa é certa: brinquedo é fundamental, seja simples e caseiro ou sofisticado e industrializado. Mais do que entreter crianças, permite o ingresso delas no mundo da imaginação e das regras. O lúdico é o meio de expressão fundamental para a criança e é brincando que elas aprendem a se adaptar ao mundo.

Brincar é preciso. É essencial para o desenvolvimento emocional e intelectual de qualquer criança, é uma prática que, quando bem trabalhada, contribui para a formação de adultos equilibrados e criativos, além de ser prazerosa.

O objetivo do brinquedo é despertar a imaginação dos pequeninos, instigar a curiosidade, estimular a iniciativa e a auto-confiança, proporcionando o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da aprendizagem e da concentração.

Segundo Piaget, “a maneira da criança assimilar[1] e de acomodar[2] deverá ser sempre através do lúdico”. É interessante conhecer um pouco das considerações que estudiosos contemporâneos fazem sobre o brinquedo e o brincar.

Brincar é coisa tão séria que está assegurado na Declaração dos Direitos da Criança.





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[1] Assimilação: É o processo cognitivo de colocar (classificar) novos eventos em esquemas existentes. É a incorporação de elementos do meio externo (objeto, acontecimento,...) a um esquema ou estrutura do sujeito.

Em outras palavras, é o processo pelo qual o indivíduo cognitivamente capta o ambiente e o organiza, possibilitando, assim, a ampliação de seus esquemas. Na assimilação o indivíduo usa as estruturas que já possui.


[2] Acomodação: É a modificação de um esquema ou de uma estrutura em função das particularidades do objeto a ser assimilado. A acomodação pode ser de duas formas, visto que se pode ter duas alternativas, criar um novo esquema no qual se possa encaixar o novo estímulo, ou modificar um já existente de modo que o estímulo possa ser incluído.

Após ter havido a acomodação, a criança tenta novamente encaixar o estímulo no esquema e aí ocorre a assimilação. Por isso, a acomodação não é determinada pelo objeto, e sim pela atividade do sujeito sobre esse, para tentar assimilá-lo.

O balanço entre assimilação e acomodação é chamado de adaptação.

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