quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Olhares sobre o brinquedo e o brincar por estudiosos contemporâneos

Com a proximidade do Dia das Crianças resolvi postar aqui algumas considerações de estudiosos contemporâneos sobre o propósito do brinquedo e do brincar para as crianças.










“O brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal na criança, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é na realidade. Como no foco de uma lente de aumento, o brinquedo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo, ele mesmo, uma grande fonte de desenvolvimento.” (VYGOTSKY)


“O brinquedo é a atividade principal da criança, aquela em conexão com a qual ocorrem as mais significativas mudanças no desenvolvimento psíquico do sujeito e na qual se desenvolvem os processos psicológicos que preparam o caminho da transição da criança em direção a um novo e mais elevado nível de desenvolvimento.” (LEONTIEV)


“É através da atividade lúdica que a criança desenvolve a habilidade de subordinar-se a uma regra. Dominar as regras significa dominar o próprio comportamento, aprendendo a controlá-lo e a subordiná-lo a um propósito definido.” (LEONTIEV)


“A  base do jogo de faz de conta, também denominado por ele de jogo de papéis ou jogo protagonizado, é de natureza e origem social, tornando-se um meio pelo qual a criança assimila e recria a experiência sociocultural dos adultos. Para ele, os temas dos jogos das crianças são extremamente variados e são os reflexos das condições concretos vivenciadas pelas crianças.” (ELKONIN)


“A brincadeira promove o desenvolvimento de todos os domínios da criança [...] proporciona o esenvolvimento físico, tanto de habilidades de coordenação fina como grossa. Quando as crianças brincam ao ar livre, elas praticam uma série de habilidades motoras, como correr, pular, saltar, rolar, etc. Quando brincam com os brinquedos, elas usam habilidades motoras finas, juntando as peças dos quebra-cabeças, colorindo, pintando, brincando de casinha, vestindo e desvestindo bonecas.” (BOMTEMPO; ANTUNHA E OLIVEIRA)


“O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem a todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais e que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil.” (PIAGET)


“As maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade.” (VYGOTSKY)


“A atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa.” (PIAGET)











Tendo em vista os pensamentos expostos acima, concluo o que intuitivamente já sabia: brincar é preciso!







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